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Nota: A QUEDA DA INFLAÇÃO POR CONTA DOS COMBUSTÍVEIS NÃO CHEGA À MESA DO POBRE – João Daniel

“Eu fumo e tusso fumaça de gasolina” (Alceu Valença)

A redução da inflação (- 0,68%) festejada neste dia 09 pelo governo e alguns setores da sociedade, ocorreram em razão da queda dos valores dos combustíveis e da habitação (por conta da redução da energia elétrica), que tiveram os impostos reduzidos temporariamente e não chega ao povo. São resultados, em primeiro lugar, de leis temporárias que buscam levar certa ilusão em razão das eleições.

Para o IBGE, enquanto o preço da gasolina teve redução média 15,48%, o litro do leite longa vida subiu 24,46%, o queijo subiu 5,28% e a manteiga 5,75%.

Apesar das falas animadas, a deflação em nada muda a vida das famílias mais pobres, como dizem alguns especialistas, pois elas não comem carro nem bebem gasolina. O que interessa para elas são os preços nas prateleiras dos supermercados.

Mesmo que os índices de preços em deflação permaneçam, só com muito tempo as famílias de mais baixa renda sentirão algum alívio da inflação.

Os R$ 600 do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), serão corroídos pela carestia dos alimentos. A comparação do valor da cesta básica entre junho de 2022 e junho de 2021 mostrou que em todas as capitais houve alta de preços, com variações que oscilaram entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife.

 

João Daniel

Deputado federal e Presidente estadual do PT/SE

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